sábado, 15 de outubro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Leitor ideal
[À janela...]
Meu leitor ideal é homem.
E tem nome.
É alto, cabeça achatada, óculos e tem um olfato invejável.
Meu leitor ideal gosta de cheiro de gente. De cheiros e de gentes.
E tem sobrenome.
É forte, lisos cabelos, mãos e pés admiráveis.
Meu leitor ideal gosta da pele de gente. De peles e de gentes.
Meu leitor ideal é homem.
E não é mais (só) meu.
É poético, louco, amante e atravessou a rua com o coração nas mãos...
Meu leitor ideal é.
Ideal (só) no nome.
E, entre tantos leitores e tantas gentes,
acenou-me, com as mãos vazias, pela última vez.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
]cama[
[Em cima...
No sonho, o real tem cor.
Fora dele, a infância é lembrança.
Com ou sem rima.
A amizade é a sombra.
Fora dele, é memória.
Com ou sem choro.
Na vida, sonhar é sempre sinônimo.
Fora dela, somos todos anônimos.
Com ou sem grifo.
O sentimento antecede a ação.
Sem ele, pode-se andar na contramão.
Com ou sem dor.
...Debaixo]
É real?
É sombrio?
É eterno?
É amor ou é rima?
Fora dele, a infância é lembrança.
Com ou sem rima.
A amizade é a sombra.
Fora dele, é memória.
Com ou sem choro.
Na vida, sonhar é sempre sinônimo.
Fora dela, somos todos anônimos.
Com ou sem grifo.
O sentimento antecede a ação.
Sem ele, pode-se andar na contramão.
Com ou sem dor.
...Debaixo]
É real?
É sombrio?
É eterno?
É amor ou é rima?
É sina.
[Porque se não é, está.]
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Incômodo
[Cru]
São vidas inteiras espalhadas.
Pra cada uma um vento, um sopro...
Da (imunda) boca humana geram-se duas relíquias: o amor e a paixão.
Para o primeiro, ah, jorram-se os lábios...e se (con-) (re-) (dis -) torcem também.
E depois vem mais e mais!
Ai, os apaixonados! A paixão é um cuspe mais fluido. Aos que amam, a solidez. E um fuck you também!
[Apaixonado]
A nós, apaixonados, o prazer do incômodo, da angústia, do sofrer, o prazer líquido! [...]
[Amado]
Vidas organizadas não sentem um trisco sequer de vento no cangote, nem ao pé do ouvido, nem à frente de seus olhos, bem pertinho das sobrancelhas, aquele sopro leve, suave, que faz cócegas nos cílios... e na alma também.
Na verdade, vidas organizadas são ventanias mascaradas, são tornados emudecidos.
Gosto mais dos que preferem o risco. Arrisquei-me a preferir isso.
Sem medo, a dor só vem depois. Do contrário, é melhor amar mesmo. E ser um eterno romântico.
Feliz, medroso e romântico.
[Amante]
Ame antes, pra chorar (ou jorrar!) depois.
Assim fica mais fácil meter-se no meio do tornado e encontrar, em meio a tantas coisas boas, o melhor dos incômodos...
A maçã ou a banana?
Ai, a dúvida!
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Na calçada
Exercício I: Leia o texto abaixo, com atenção, analise a carga semântica do pronunciamento
e marque a alternativa que melhor responde à pergunta que segue.
Exercício I: Leia o texto abaixo, com atenção, analise a carga semântica do pronunciamento
e marque a alternativa que melhor responde à pergunta que segue.
Na calçada, na avenida da rodoviária A (sexo feminino, aproximadamente 12/14 anos de idade) responde a pergunta de B ( sexo masculino, no máximo 4/5 anos de idade) com as seguintes palavras:
"- Não, é assim B, menino namora menina ou menino namora menina... (pequena pausa) ou menino namora com menino ou menina namora com menina..."
A qual vocábulo você atribui esse pronunciamento:
a) sensatez b) lucidez c) evolução d) absurdo (pelo fato das idades) e) todas as anteriores f) comum
Creio, que até a letra D) todos podem estar mesclados. ( e isso gera a letra e) ) Mas quero acreditar que não é sonhar alto pensar que não falta tanto tempo assim para chegarmos até a letra F). E o f) aqui é uma outra alternativa, que ultrapassa as 5 "comuns" (a,b,c,d e e)
Eu acredito nisso. E é como realidade...
Uma nova alternativa, com F, de fato.
o/
domingo, 13 de março de 2011
Vem cá !
Ao longe, fez-se um corpo.
A carne da boca.
O negrume dos olhos.
Que escorreu pela pele
e se transformou em sangue.
O sorriso maroto.
O coração ao avesso. E no braço.
O trepidar da fala.
Isso é o que o meu vê, quando lembra do teu...
Mais que meus lábios, meu corpo também fala.
[...]
E, ao longe, toca o piano que conta uma "história".
Uma voz sussurra:
- Vem cá!
Luminária acesa, e o ventilador a ...
Ao longe, fez-se um corpo.
A carne da boca.
O negrume dos olhos.
Que escorreu pela pele
e se transformou em sangue.
O sorriso maroto.
O coração ao avesso. E no braço.
O trepidar da fala.
Isso é o que o meu vê, quando lembra do teu...
Mais que meus lábios, meu corpo também fala.
[...]
E, ao longe, toca o piano que conta uma "história".
Uma voz sussurra:
- Vem cá!
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Regozijo em cacos
A sede nem sempre é líquida.
É fato que beber com os olhos é mais prazeroso.
A íris, ao abrir a cortina de cores,
nos serve um copo sempre cheio. Até a boca...
A boca do copo. O apelido do copo é fonte.
E é só mais uma dessas fontes em que se
Bebem mitos e lendas. Mitos e lendas, mais que apelidos,
são camuflagens...
O culpado disso tudo é a mente dos que não fecham os olhos.
Dos que têm sono, mas não fecham os olhos.
A sala, o quarto, o sofá, a cama e a cadeira são todos
invólucros que cercam a carnadura humana, pra lhe oferecer repouso,
morada. O desejo é um músculo que invade a caixa e a torna outra matéria,
outro corpo. O corpo em que a inocência blefa com a concupiscência.
E rima também...
E rima também...
As curvas, sem asfalto, causam perigo em dobro.
Reto é bem mais do que seguir em frente. É seguir em frente, por trás...
Maçã e Homem são frutos do mesmo pé. A maçã permanece pela pura beleza,
o homem pelas muitas ejaculações... Somos a carne na carne,
mas nem sempre se é “eu”. Não se está sempre no “eu”.
Isso acontece quando a sala, o quarto, o sofá,
a cama e a cadeira se transformam em micro-édens.
Quando saímos de nós, quando nos olhamos no espelho
e não há eu - reflexo. Há outros...
Pra penetrar, pra lamber, pra atiçar, pra enganchar,
pra (pre-) encher, pra enfiar, pra esvaziar...
Nosso corpo é um espelho quebrado.
Atrás da cortina, escorre um gozo venal
que lambuza os cacos que restaram.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)