domingo, 10 de novembro de 2013

pós-2.5, das visões de si (como 'eu-fluido')

Não se nasce puta. Nem se vira puta aos 25. Na verdade, nunca se é puta pela própria boca – é o desejo, a inveja ou a impotência do outro que nos torna referência discursiva: o “assim-puta”. Assim-puta demanda domínios mais amplos, que ultrapassem o discurso e superem o mero fazer: fazer-se puta é coisa da boca alheia e, em alguns casos, nos melhores casos, da pele também. Um verdadeiro assim-puta prefere gozar do tempo, dos corpos e das coisas a ter somente a fama. Nunca é uma dama nem boa de nome: assim-puta é meio copo de sede, prato cheio de fome...