sábado, 16 de agosto de 2014

sobretudo, Nada!

Tudo sempre tem um começo. Nada, não.
O Nada se basta. A sinonímia nem sempre tem avesso.
Tudo pode sempre ir além. E mais. Tudo sempre pode.
Nada, não. O Nada é a personificação da impotência.

Sobretudo, não se pode ter tudo. Nada, sim.
O Nada é a perimetral de Tudo.
O acesso é livre e ilimitado.

Sobretudo, para o Tudo é preciso voz.
Para o Nada, vez. Para ambos, basta perder (-se):
Ou a vez, ou a voz.
Quem Tudo tem, transforma em voz.
Quem Nada fala, perde a vez.

Nada está sempre no meio: nem mais nem menos.
O mesmo tênue e cruel talvez...

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